Você já teve dor de cabeça “de
preocupação”? Ou ficou com dor de estômago após passar raiva? Se já sentiu
incômodo físico, sem qualquer razão aparente, você teve um quadro
psicossomático, ou seja, transferiu algo emocional para o corpo, afinal, quando
a boca cala, o corpo fala.
O ser humano funciona de maneira
integrada (lembra daquele famoso ditado “mente sã, corpo são”), assim como a
homeostase corporal, precisamos manter também nosso equilíbrio psíquico. Somos feitos
de carne, osso e alma; da mesma maneira que “somos o que comemos”, somos o que
sentimos e o que pensamos. Há diversas teorias que sugerem o poder dos nossos
pensamentos em alterar nosso estado físico, de modo que somatizamos um sintoma
psíquico em maior ou menor grau dependendo de nossos recursos.
Há diversas discussões sobre as
causas da fibromialgia, da gastrite, de alergias, dentre outras condições,
sendo que muitos estudos afirmam ser o estado mental que interfere nessa
alteração corporal. Há de se lembrar que muitas doenças têm origem puramente
orgânica; uma gastrite pode ser causada por uma má alimentação e uma alergia
pode se dar pelo contato com algum alérgeno. Ainda assim, considera-se que pode
haver conteúdos inconscientes na nossa mente que tornam nosso organismo mais
vulnerável ao desenvolvimento de algumas doenças.
Mas se nós mesmos produzimos nossos
problemas, por que não podemos resolvê-los? A resposta é muito simples: porque
não temos consciência da nossa condição e principalmente da nossa psique.
Quando surge qualquer sintoma físico, procuramos todas as possíveis causas orgânicas,
que sempre deve ser o primeiro passo. Quando nada é encontrado, devemos
procurar por razões psíquicas que possam ter desencadeado esses sintomas,
considerando que cada individuo vivencia suas questões de maneira única e por
vezes, pode não ter notado que sua enxaqueca é gerada pelo estresse em seu
ambiente de trabalho, por exemplo.
Dessa maneira, fatores genéticos, psicológicos
e ambientais devem ser considerados ao analisar a causa de uma patologia. Ao
contrário da nossa pressa cotidiana, onde problemas devem ser resolvidos o mais
rapidamente possível (geralmente com uso de medicação), apenas combater o
sintoma não necessariamente eliminará a condição em si; é preciso buscar a
origem para que essa causa possa ser trabalhada e finalmente solucionada.
Fundamental é ter consciência de seu corpo e sua mente como integração do seu
“eu”.