Crochê? Eu quero é ir ao
baile! Estatísticas indicam que a população idosa vem aumentando a tal ponto que em 2020, o Brasil será o
sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30
milhões de pessoas. O envelhecimento tem um grande impacto na vida da pessoa
devido às transformações comuns da idade, como as mudanças no corpo, na memória
e nas relações sociais que fazem emergir novas emoções e sentimentos. É nesse
contexto que muitos idosos procuram a psicoterapia para lidarem com a “melhor
idade”.
Nesse turbilhão de mudanças e novas limitações, a população
idosa busca entender-se para adaptar-se a um novo modo de vida. Os idosos
procuram uma atividade física, um hobby, um baile e um divã. Eles procuram
qualidade de vida e querem já, assim como adolescentes. Eles vivem uma nova
“juventude”, onde buscam companhia, divertimento e aprendizagem.
De aprender algo novo a compreender como lidar com as
diversas perdas sofridas ao longo da vida, muitos “jovens há mais tempo” estão
buscando a psicoterapia. A Associação Americana de Psicologia (APA) estabeleceu algumas diretrizes para a
prática psicológica no que diz
respeito ao atendimento com idosos que
incluem propostas de intervenções no formato de grupos. Alguns benefícios desses grupos
terapêuticos são a análise das expectativas pessoais e grupais, avaliando as
próprias realizações e competências, o que ajuda a melhorar a autoestima,
garante o sentimento de pertencimento e proporciona elementos para
autoconhecimento do indivíduo.
O atendimento psicológico pode ser feito em grupo ou
individualmente, dependendo da demanda da pessoa. O importante é saber que
quanto mais elevados a autoestima e o sentimento de autorrealização, mais
saudável é o processo de envelhecimento. É uma simples questão de acrescentar
vida aos dias ao invés de dias à vida.