Infomamos que a educação, após sofrer com diversos
problemas de saúde ao longo da vida, veio a óbito. A falta de investimento em
um ensino público de qualidade, a negligência da merenda escolar e a baixa
remuneração dos professores levaram à falência múltipla dos órgãos
educacionais, já frágeis.
Nesses últimos dias, milhares de professores foram às ruas
protestar o descaso para com a educação brasileira. A “recepção” foi feita com
balas de borracha, mostrando a violência de uma sociedade na qual a polícia é
despreparada e o governo não tem argumentos para discutir civilizadamente. É
isso que acontece em qualquer sociedade que não preza a educação. As pessoas
não aprendem mais a pensar. (Mas talvez seja isso mesmo o que o governo quer,
seres irracionais, afinal, são mais fáceis de manipular.)
É mais fácil e rápido reduzir a maioridade penal do que
educar as crianças até sua juventude. Afinal, para que investir 18 anos em
crianças que serão futuros profissionais com excelente educação? Para lutar por
seus direitos e saber eleger um presidente? Saber pensar é perigoso. O
conhecimento é poder, e isso é um direito exclusivo dos manipuladores.
É graças aos professores que médicos encontram curas para
doenças, psicólogos conseguem diagnosticar um transtorno de déficit de atenção
e hiperatividade (TDAH), jornalistas noticiam eventos no mundo todo, e tantos
outros profissionais fazem a diferença no mundo. Como psicóloga posso dizer que
o melhor colaborador é o professor. Diagnósticos como TDAH e autismo podem ser
feitos mais cedo e com maior precisão devido à observação atenta de professores
em relação aos seus alunos.
A educação, juntamente com a saúde e a segurança pública
formam o tripé da sociedade. Pena que não aprendemos isso. Só aprendemos a
reproduzir o que já é sabido; não sabemos produzir. Quando não se tem
argumentos, resta somente a violência. Salvemos a espécie em extinção! Lutemos
pelo reconhecimento dos professores que sabem que a melhor arma é o
conhecimento.
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