Que atire a primeira pedra quem nunca
ouviu que “tempo é dinheiro”. Assim como o coelho branco na estória de “Alice”,
estamos sempre correndo contra o relógio. A pressa tão comum entre crianças
pequenas que ainda não têm noção de tempo e desejam satisfazer suas vontades
logo volta a aparecer como um sintoma do jovem adulto nos dias atuais.
O pensamento de que o dia precisaria ter ao
menos 36 horas é comum; afinal, 24 horas é pouco tempo para se fazer tudo o que
se quer em apenas um dia. Ouvir de seu professor ou chefe de trabalho: “O que
você faz da meia-noite às seis horas da manhã?”, então, ao invés de dormir,
produza! Esse pensamento irracional tomou conta dos jovens da geração Y e
influencia até os mais acelerados da geração anterior, a X.
A ociosidade é vista como
loucura. Ficar parado nem pensar! Há muito que se fazer, pesquisar, inovar... e
não temos todo o tempo do mundo. Seja por uma questão cultural (chegar atrasado
a compromissos é hábito entre brasileiros) ou desorganização pessoal, a falta
de tempo leva à vida acelerada, aos prazos a cumprir e consequentemente leva o
corpo a pedir uma pausa, sinalizando seu cansaço físico e mental através de
sintomas como enxaqueca, gastrite, taquicardia, dificuldade de memorização,
entre outros.
Geralmente, o indivíduo está tão
habituado com sua correria cotidiana que acredita ser normal e adia seus
compromissos realmente importantes, como por exemplo, reservar um tempo para
cuidar da saúde. As pessoas têm costume de procurar ajuda somente quando
atingem a famosa “estafa” e realmente necessitam de uma avaliação médica para
tratar da gastrite e poder continuar produzindo.
Uma mudança na rotina muitas
vezes se torna necessária para que se passe a priorizar as responsabilidades. Há
que se estabelecer quais são as prioridades e reservar um tempo para cada uma
delas por ordem de importância. O planejamento lhe dá uma ideia mais precisa de
quanto se pode demorar em cada tarefa específica. Se organizar direitinho, o
relógio passará a ser um aliado e não precisará correr contra o tempo assim
como o coelho branco de Alice que está sempre atrasado.
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