sábado, 2 de janeiro de 2016

Sonhar mais um sonho impossível?


Após um ano de tantas perdas: de saúde, de emprego, de entes queridos... 2016 renova a promessa de esperança. Em tempos onde se clama por justiça, paz e respeito, a crença de que o ano novo possa ser diferente fica abalada. Espera-se a vinda do salvador para nos redimir, procura-se uma Geni para nos salvar e tenta-se não perder a fé. Como é dito no filme Amélie Poulain, “são tempos difíceis para os sonhadores”.
Vivemos na era da ansiedade. Depositamos ao mesmo tempo medo e esperança no futuro e colocamos intensidade na falta de tempo. Queremos tudo pra ontem, apesar de deixarmos tudo para depois. Sonhamos, mas não temos força para realizar sozinhos, afinal, “sonho que se sonha junto é realidade”. Precisamos uns dos outros, mas não sabemos mais como nos ajudar, afinal, perdemos a empatia.
Há quem diga que uma das causas para os males cotidianos é a falta de empatia entre as pessoas, ou seja, a incapacidade de se colocar no lugar do outro. Desse modo, impera o ego, e consequentemente, o descaso pela vida em sociedade. Desviam verbas, violentam e matam sem pensar na dor do outro. Sendo assim, como acreditar em um amanhã melhor?
Alguns psicólogos vêem a esperança como um sinal de saúde mental. A psicologia positiva afirma que a pessoa otimista, ou seja, aquela que tem sentimentos de esperança é capaz de criar caminhos para se chegar à meta desejada. A depressão, por exemplo, seria a completa falta desse sentimento. Em suma, tudo se resume em acreditar.

Sabe aquele famoso ditado: “a esperança é a última que morre”? Pois então, é verdade. Por mais cansados que estejamos de tantas tristezas, todo ano ainda insistimos em fazer aquela famosa listinha com objetivos e promessas para o ano novo. Isso é ter esperança. Ainda que aquela dieta tenha durado apenas alguns meses ou que você tenha abandonado as aulas de alguma matéria na faculdade, você promete se formar e se propõe a perder somente o peso realmente necessário. Podem ser tempos difíceis para os sonhadores, mas talvez não seja impossível acreditar.

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