sábado, 18 de fevereiro de 2017

A boca cala, o corpo fala


Você já teve dor de cabeça “de preocupação”? Ou ficou com dor de estômago após passar raiva? Se já sentiu incômodo físico, sem qualquer razão aparente, você teve um quadro psicossomático, ou seja, transferiu algo emocional para o corpo, afinal, quando a boca cala, o corpo fala.
O ser humano funciona de maneira integrada (lembra daquele famoso ditado “mente sã, corpo são”), assim como a homeostase corporal, precisamos manter também nosso equilíbrio psíquico. Somos feitos de carne, osso e alma; da mesma maneira que “somos o que comemos”, somos o que sentimos e o que pensamos. Há diversas teorias que sugerem o poder dos nossos pensamentos em alterar nosso estado físico, de modo que somatizamos um sintoma psíquico em maior ou menor grau dependendo de nossos recursos.
Há diversas discussões sobre as causas da fibromialgia, da gastrite, de alergias, dentre outras condições, sendo que muitos estudos afirmam ser o estado mental que interfere nessa alteração corporal. Há de se lembrar que muitas doenças têm origem puramente orgânica; uma gastrite pode ser causada por uma má alimentação e uma alergia pode se dar pelo contato com algum alérgeno. Ainda assim, considera-se que pode haver conteúdos inconscientes na nossa mente que tornam nosso organismo mais vulnerável ao desenvolvimento de algumas doenças.
Mas se nós mesmos produzimos nossos problemas, por que não podemos resolvê-los? A resposta é muito simples: porque não temos consciência da nossa condição e principalmente da nossa psique. Quando surge qualquer sintoma físico, procuramos todas as possíveis causas orgânicas, que sempre deve ser o primeiro passo. Quando nada é encontrado, devemos procurar por razões psíquicas que possam ter desencadeado esses sintomas, considerando que cada individuo vivencia suas questões de maneira única e por vezes, pode não ter notado que sua enxaqueca é gerada pelo estresse em seu ambiente de trabalho, por exemplo.

Dessa maneira, fatores genéticos, psicológicos e ambientais devem ser considerados ao analisar a causa de uma patologia. Ao contrário da nossa pressa cotidiana, onde problemas devem ser resolvidos o mais rapidamente possível (geralmente com uso de medicação), apenas combater o sintoma não necessariamente eliminará a condição em si; é preciso buscar a origem para que essa causa possa ser trabalhada e finalmente solucionada. Fundamental é ter consciência de seu corpo e sua mente como integração do seu “eu”.